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Carla Minhoca, ex-dançarina de Silvano Salles, é presa por tráfico de mulheres

Ela participava de uma quadrilha que explorava brasileiras na Itália e na Eslovênia, incluindo cerceamento de liberdade. A mesma operação prendeu 5 estrangeiros no Ceará


Carla Minhoca, ex-dançarina da banda Fantasmão e do cantor Silvano Salles, cujo nome de batismo é Carla Sueli Silva Freitas, foi presa na última quarta (15). Ela e outras 14 pessoas são acusadas de participação em uma quadrilha internacional que explorava brasileiras na Itália e na Eslovênia. Minhoca foi detida em companhia de Dayana Paula Ribeiro da Silva e Emanuella Andrade Bernardo na Itália, em uma ação conjunta da polícia local, da Polícia Federal brasileira e da Interpol. A operação foi deflagrada também em Fortaleza, capital do Ceará, onde cinco estrangeiros foram capturados.
A quadrilha, segundo as investigações, agia no Brasil desde 2010 e levou mais de 150 mulheres para se prostituirem na Europa. Matéria do Fantástico, da TV Globo, afirmou que, em apenas um dia, o grupo chegou a transferir R$ 1 milhão para contas bancárias no Brasil. Cada garota cobrava cerca de R$ 620 por programa e atendia a mais de seis clientes por dia. Metade do dinheiro era entregue aos bandidos. O esquema usava agências de turismo para que as garotas entrassem no Velho Continente.
“Elas, às vezes, vão conscientes que vão ser exploradas sexualmente, mas não sabiam que iriam ter a liberdade cerceada. Porque quando elas chegam no local de destino os documentos são apreendidos e já chegam com uma dívida enorme, de tudo que é contraído aqui [no Brasil]”, afirmou Alexandra Xavier Nunes, do Ministério da Justiça.
Carla Minhoca será extraditada para o Brasil, em data ainda não divulgada, junto às duas mulheres presas. Se condenadas, elas podem pegar até 25 anos de prisão pelos crimes de tráfico internacional de pessoas, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Força Feminina – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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