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Edição do dia 13/03/2017
13/03/2017 07h22 – Atualizado em 13/03/2017 07h44

Ronda “Maria da Penha” protege mulheres ameaçadas na BA

A ronda foi criada pela Polícia Militar e atua para dar proteção a mais de 400 mulheres em Salvador.

Patrícia Nobre

Salvador, BA
A Polícia Militar da Bahia criou uma ronda especial chamada “Maria da Penha”. O grupo atua em Salvador e protege mais de 400 mulheres que vivem sob ameaça constante. No comando da ronda está uma mulher decidida e apaixonada pelo que faz.

A major Denice Santiago é uma mãe como as outras. Faz questão de todos os dias tomar o café-da-manhã com o filho único de 15 anos e o marido. O sorriso é uma das marcas da baiana de 45 anos. Mas, ela sabe como ser séria. Ela se formou na Polícia Militar em 1995, na primeira turma com mulheres da PM da Bahia.
No dia-a-dia do trabalho, a major percebeu que muitas policiais mulheres e esposas de policias eram vítimas de violência doméstica. Então, ela decidiu criar um núcleo na PM para dar assistências a elas. Depois, Denice conseguiu estender a proteção para fora da corporação. Em março de 2015, surgiu a Ronda Maria da Penha.
“Essa mulher que consegue romper o ciclo do silêncio e ir à delegacia, solicita a medida protetiva. Essa medida é deferida pelas varas de violência contra a mulher. A partir daí essa vara de violência faz uma triagem dos casos de maior relevância e encaminham para a ronda”, explica Denice.
Não importa se é em casa, na casa de parentes ou no trabalho, a ronda vai ao lugar indicado pela mulher vítima da violência. Pode ser em qualquer dia ou horário, de surpresa. A intenção é que o agressor saiba que ao se aproximar da mulher pode dar de cara com policiais.
Quarenta agressores já foram presos pela ronda. Ao todo, 400 mulheres recebem proteção em Salvador. A major monitora por telefone os casos mais delicados.

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Força Feminina – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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