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Ambulatório do Hospital da Mulher recebe primeiras pacientes

Fonte: Secom Bahia

Uma semana após a cerimônia de inauguração, as primeiras pacientes do ambulatório do Hospital da Mulher Maria Luzia Costa dos Santos, no Largo de Roma, em Salvador, começaram a ser atendidas nesta segunda-feira (16), vindas de diferentes municípios baianos, para a realização de consulta em especialidades como mamoplastia, mastologia, ginecologia, oncologia clínica e reprodução humana.

No hospital, as mulheres conseguem, com os médicos especialistas, marcar exames de média e alta complexidade, que são realizados no próprio hospital, assim como marcar cirurgias, também feitas na unidade. Menos tempo de espera para quem precisa e mais agilidade no tratamento. São pacientes como a manicure Daiane Brito, moradora do município de Conceição do Coité, na região nordeste do estado.

Depois de ser acompanhada em outras unidades por cerca de um ano e cinco meses, ela explicou como foi mais confortável ser encaminhada para o Hospital da Mulher. “Antes, eu tinha que sair da minha cidade de madrugada, porque são quase quatro horas de viagem, e, às vezes, quando eu chegava na clínica, as senhas já tinham se esgotado. Aqui, eu vim com a tranquilidade de que eu seria atendida hoje, que não teria surpresas. Fiquei muito feliz quando me ligaram dizendo que teria uma consulta, e tenho a possibilidade de fazer exames hoje mesmo. É muito mais prático, principalmente para quem não mora aqui”.

Na sala de espera, juntamente com Daiane, cerca de 50 mulheres serão atendidas nesta segunda. Isso porque, elas tiveram as consultas ambulatoriais marcadas pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou às Secretarias Municipais de Saúde (SMS), sem precisar se dirigir até o hospital para marcação. O diretor-médico do Hospital da Mulher, Paulo Sérgio Andrade, explicou que as pacientes são incluídas em uma Lista Única, que concentra a demanda dos 417 municípios por um serviço especializado.

“Atendemos pacientes que precisam de diagnóstico e procedimentos de alta e média complexidade, e, por isso, as primeiras consultas devem ser feitas na atenção básica. E, uma vez atendida na unidade, ela está inserida no programa do Hospital, onde é possível realizar consultas, exames e, quando necessário, cirurgias”, enfatizou Andrade.

Tudo em um só lugar

Para o médico mastologista Daniel Carvalho, concentrar a atenção à mulher no hospital atende uma demanda que, nos municípios menores, não é possível atender com tanta rapidez. “Esse hospital tem um papel muito importante, porque com a Lista Única para o estado inteiro, a gente consegue garantir não só o atendimento, como também o tratamento em definitivo. Ela não sai daqui encaminhada para outra unidade. Ela faz desde os exames, até as biópsias e cirurgias. É um acompanhamento completo, desde o diagnóstico”.

As eventuais dúvidas sobre os serviços oferecidos no hospital podem ser esclarecidas pelo telefone 0800-071-4000, que atende de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h. Uma novidade é que as pacientes serão avisadas por SMS do agendamento da sua consulta ou procedimento, a fim de comparecerem no dia e horário marcados.

Funcionamento do hospital
Além do ambulatório, outros setores já estão em funcionamento como o centro cirúrgico, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a enfermaria. A unidade é um centro de referência estadual e conta com dez salas cirúrgicas e 136 leitos, distribuídos da seguinte forma – 97 destinados à internação, dez leitos de UTI e 29 leitos para hospital dia. Para fazer a unidade funcionar, foram contratados 655 colaboradores, entre médicos, enfermeiros, técnicos, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, maqueiros, auxiliares de almoxarifado e outras especialidades.

Além da estrutura física, a equipe é também a grande responsável pelo conforto do paciente, como ressaltou a agente de endemias moradora de Vera Cruz, município da Ilhe de Itaparica (RMS), Raiana Coelho, que estava internada em outra unidade há 13 dias e agora espera por cirurgia no Hospital da Mulher. “Está tudo muito lindo, tudo novo, muito arrumado, mas, na minha opinião, o diferencial deste hospital foi o acolhimento. Eu fui muito bem recebida desde o momento que eu desci da ambulância pelos maqueiros, na triagem, até aqui. Toda equipe de médicos, nutricionistas, enfermeiros, tem me dado um tratamento muito humanizado. Eu estou me sentindo uma rainha sendo muito bem tratada”.

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Força Feminina – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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