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Quem vestiu a globeleza?
Engana-se os que acham que foi a globo que vestiu a Globeleza.
Quem vestiu a Globeleza foram as feministas.
Foi o grito das mulheres contra a objetificação do corpo feminino e contra a hipersexualização do corpo negro que calou o assanhamento dos machos brancos.
A Globeleza nunca representou o carnaval, ela representava apenas o samba carioca bordelizado que nasceu nos tempos do Sargentelli.
A mulata Globeleza se saracoteando pelada, era o símbolo da exploração do corpo negro, da carne barata servida nos baquetes bacantes da casa grande desde a hora primeva.
Nua, a mulata Globeleza evidenciava apenas a beleza negra que importa aos mercadores: peito, bunda e tapa sexo.
A Globeleza, vestida, é uma vitória das pretas cansadas de serem virtualmente mucamizadas.

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Força Feminina – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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