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Não tem como não destacar a fala deste juiz. Para ele, uma mulher precisa se opor ao ato de maneira “séria, efetiva, sincera e indicativa”. Segundo palavras absurdas dele, não basta “a simples relutância, as negativas tímidas ou a resistência inerte” por parte da vítima. O juiz ainda disse que a violência moral não é “clarividente”. A menina tinha 16 anos e foi passar o final de semana com o seu avô que cometeu o ato no quarto do hotel. Vocês me digam: quando vocês viajam com um avô, um pai ou um familiar, vocês automaticamente pensam que isso pode acontecer? A menina, 20 dias depois do ocorrido, foi encontrada com o revólver do padrasto tentando cometer suicídio. Vocês tem noção do dano que isso causa na vida de uma menina de 16 anos? As palavras e a decisão foram, pra dizer o mínimo, absurdas.

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Força Feminina – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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