No dia 29 de março de 2017 ocorreu na sede do Projeto Força Feminina, o 1º encontro “Cirandas Parceiras” de 2017 com o tema: “Envolvimento Feminino com drogas: Representações sociais e vulnerabilidade”, explanado pela Prof. Dr. da Escola de Enfermagem da UFBA, Jeane Freitas de Oliveira.
Como de costume, para tornar o evento mais iluminado e rico, convidamos os parceiros da rede de atenção à mulher, estudantes de Faculdade / Universidades públicas e particulares de Salvador e mulheres atendidas pelo projeto.
A professora Jeane apresentou-nos uma metodologia lúdica e dinâmica para que o tema fosse desenvolvido, a partir dos conhecimentos prévios e/ou vivências de cada participante. Com isso, o momento tornou-se mais participativo.
O encontro focou na heterogeneidade de grupos e de pessoas usuárias de drogas, com ênfase nas especificidades de mulheres. Foram identificadas diferenças no consumo de drogas entre homens e mulheres e especificidades entre mulheres tanto em relação a aspectos epidemiológicos quanto aos determinantes socioculturais do fenômeno. Além de como a utilização da droga potencializa o indivíduo a realizar ações já planejadas e/ou presentes no seu inconsciente.
Segundo Jeane: “Atualmente, o consumo de drogas é considerado um problema social e de saúde pública de ordem mundial. Os impactos sociais e de saúde causados por este problema apresentam-se distintos para cada sociedade a depender, dentre outros aspectos, das representações e significados atribuídos ao uso de drogas e, em consequência, às pessoas usuárias. Além disso, devem-se levar em consideração questões de ordem individual e dos grupos no interior de uma mesma sociedade. Embora a heterogeneidade social e cultural das (os) usuárias (os) de drogas seja consenso na literatura, ainda há uma tendência à homogeneização, como se todos pertencessem a uma mesma categoria social e devessem ser vistos a partir de um mesmo enfoque. Essa ideia pode mascarar a necessidade de ampliar o leque de atividades assistenciais de cunho preventivo, educativo e de tratamento com vistas a contemplar os distintos grupos de usuários, assim como dificultar a análise mais aprofundada de pesquisas.”
Projeto Força Feminina