Não tem como não destacar a fala deste juiz. Para ele, uma mulher precisa se opor ao ato de maneira “séria, efetiva, sincera e indicativa”. Segundo palavras absurdas dele, não basta “a simples relutância, as negativas tímidas ou a resistência inerte” por parte da vítima. O juiz ainda disse que a violência moral não é “clarividente”. A menina tinha 16 anos e foi passar o final de semana com o seu avô que cometeu o ato no quarto do hotel. Vocês me digam: quando vocês viajam com um avô, um pai ou um familiar, vocês automaticamente pensam que isso pode acontecer? A menina, 20 dias depois do ocorrido, foi encontrada com o revólver do padrasto tentando cometer suicídio. Vocês tem noção do dano que isso causa na vida de uma menina de 16 anos? As palavras e a decisão foram, pra dizer o mínimo, absurdas.