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Pedófilo do YouTube: internauta defende  
“direito” de homens estuprarem filhas
Mallone Morais tem um canal dedicado a temas “polêmicos”, 
como costuma chamá-los, e conta com mais de 2.300 seguidores.
 Nos monólogos que faz em vídeo, defende que homens 
possam estuprar suas filhas como forma de iniciação sexual e 
pede que a pornografia infantil seja liberada

Por Matheus Moreira

O texto, assim como os vídeos, é difícil. Para essa matéria, as palavras não saem, da boca e nem do teclado, mas têm que sair. Mallone Morais publica vídeos no YouTube com debates (nos quais ele é o único a opinar) sobre temas “polêmicos”, como gosta de chamá-los.
Consegui assistir a dois vídeos, não foi possível ir além. Um deles, que viralizou na internet, defende que um pai que tenha “vergonha na cara” estupre sua filha quando voltar da escola, porque caberia a ele o direito de iniciar a garota sexualmente. O outro vídeo pede que as autoridades compreendam que quem consome pornografia infantil não está praticando mal contra ninguém.
A primeira gravação é uma homenagem declarada a James Bartholomew Huskey, um professor de tênis que abusou de diversas alunas e reuniu centenas de vídeos das violências cometidas contra elas. Ele foi preso pelo FBI e condenado a 70 anos de prisão.
A argumentação feita por Mallone aponta o agressor como injustiçado e reforça, veementemente, que pais iniciem suas filhas na vida sexual, como Huskey, que estuprou a filha, de 5 anos. Mallone afirma que, dessa forma, o homem evitará o desgosto de ver a menina crescer e se tornar uma feminista “peluda” e que “dá para qualquer maconheiro”.
MC Melody
No segundo vídeo, Mallone diz que pornografia infantil é “infelizmente” ilegal e que isso também é uma injustiça. Para ele, há muito preconceito contra homens que se sentem seduzidos por crianças. Ele diz que gosta dos corpos das meninas sem roupa e que notou a atração ao acompanhar a carreira da cantora MC Melody.
Melody é uma menina que fez sucesso na internet com a música “Falem de mim”, composta pelo pai, MC Belinho. Logo críticas à grande exposição que o funkeiro fazia da filha tomaram as redes e culminaram na remoção de vídeos da página oficial da artista.
Prisão
No ínicio do ano, Mallone de Morais foi preso por porte e compartilhamento de pornografia infantil. Em 3 de julho, ele concederia entrevista para a RedeTV, mas cancelou em cima da hora. Como justificativa, afirmou que é autista e que está se tratando, tomando remédios controlados. Ele foi preso e liberado sob pagamento de fiança.
“Cara, não vai dar para mim. Recebi conselho de alguns amigos e é melhor deixar quieto, já estou encrencado na polícia, fui pego com pornografia infantil no PC e fui processado. Um crime sem vítima. Eu tenho laudo do psiquiatra, eu sou autista, meus pais jamais deixariam eu ir dar essa entrevista. Nenhum cara que curte ver pornografia infantil e gosta de meninas ia se expor desse jeito”, teria dito para a RedeTV.

FONTE:  http://www.revistaforum.com.br/2016/09/12/pedofilo-do-youtube-internauta-defende-direito-de-homens-estuprarem-filhas/

Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Força Feminina – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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