Relacionamento Abusivo

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O relacionamento abusivo caracteriza-se como uma forma de violência psicológica no qual, em sua grande maioria, há uma dificuldade da pessoa agredida reconhecer tal tipo de violência, em especial quando existe a “naturalização” da agressão. Para muitas pessoas, violência só é caracterizada quando há agressões físicas, desconsiderando outras formas de violência como a verbal e psicológica. Para além disso, é importante apontar que os relacionamentos abusivos não só podem ocorrer em âmbito conjugal, mas em todos os contextos como na escola (professor X aluno), nas organizações (empregador X empregado), na família( pais X filhos), ou (filhos X pais)  e também com amizades.
Na maioria das vezes é difícil identificar uma situação abusiva, pelos simples fato da mesma ocorrer de forma velada e sútil, sendo um dos indicativos, por exemplo, a forma desconfortável como você se sente em relação a tal pessoa ou a tal situação. A relação de poder e submissão são caracterizadas quando há entre a vítima e o agressor grau de dependência emocional, financeira ou social. A culpa é um dos sentimentos mais recorrentes que podem ocorrer pelas vítimas de relacionamentos abusivos, pois quase sempre o agressor costuma internalizar a culpa na vítima, desqualificando-a, destruindo sua autoestima e aos poucos aniquilando o lado saudável da vida psíquica da pessoa agredida. Este ciclo de violência pode amplificar crenças sabotadoras na vítima, as quais podem dificultar ainda mais sua saída desta relação. Para as vítimas de relacionamentos abusivos o mais importante é identificar o abuso em si como violência. Reconhecer que a culpa não é da vítima e que não há futuro naquela relação desta forma. Agressores têm necessidades de poder e controle e podem em alguns momentos demonstrar pequenas mudanças para que obtenham algum ganho futuro.

Busque uma rede de apoio: familiares e amigos são sempre importantes neste momento, onde você precisará de amparo emocional. Procure uma ajuda profissional: Acompanhamento psicológico pode ser de grande ajuda, visto que pode auxiliar na identificação do problema, no restabelecimento da autoestima e autonomia do indivíduo. E SEMPRE denuncie aos órgãos competentes que orientarão quais medidas serão necessárias, com o fim de preservar sua integridade.
Autor – Luciano Mesquita de Sousa – Psicólogo Especialista em Psicologia Sistêmica e Clínica


Conteúdos do blog

As publicações deste blog trazem conteúdos institucionais do Projeto Força Feminina – Unidade da Rede Oblata Brasil, bem como reflexões autorais e também compartilhadas de terceiros sobre o tema prostituição, vulnerabilidade social, direitos humanos, saúde da mulher, gênero e raça, dentre outros assuntos relacionados. E, ainda que o Instituto das Irmãs Oblatas no Brasil não se identifique necessariamente com as opiniões e posicionamentos dos conteúdos de terceiros, valorizamos uma reflexão abrangente a partir de diferentes pontos de vista. A Instituição busca compreender a prostituição a partir de diferentes áreas do conhecimento, trazendo à tona temas como o estigma e a violência contra as mulheres no âmbito prostitucional. Inspiradas pela Espiritualidade Cristã Libertadora, nos sentimos chamadas a habitar lugares e realidades emergentes de prostituição e tráfico de pessoas com fins de exploração sexual, onde se faz necessária a presença Oblata; e isso nos desafia a deslocar-nos em direção às fronteiras geográficas, existenciais e virtuais.   

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